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Agora a Sério

Um local sério para se falar das coisas sérias de todos os dias. Só para pessoas que se levam muito a sério.

Agora a Sério

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Reflexões rápidas mas profundas

amaralrita, 01.05.15

- Sou a única pessoa a achar inútil lavar o cabelo quando chove? Vai estragar tudo.

 

- Não sei como passei a minha vida a comer Kinder quando podia comer chocolate negro saudável. Seria mais infeliz mas menos gordinha.

 

- Passo quatro dias em pé, dói-me as pernas e mesmo assim penso que tenho de ir correr. Ai a minha vida.

 

- Quando sabes que tiveste dias de cão, estás super cansada mas demoras uma hora a adormecer. Para que fico cansada então?

 

- Quando acho que sou uma pessoa pré-histórica por ainda ter um email do Hotmail e vejo empresas que têm um email da Telepac. Sinto-me logo como se fosse deste século.

 

- Como eu bebo vá 5 cafés por ano, a minha pausa da manhã é dar uma volta à praça de touros do Campo Pequeno. Ainda não nos cansámos de dar voltas.

 

- O meu conceito de "fazer a mala" é bastante complexo. Consiste em fazer combinações de roupa a pensar nos dias da semana, organizar as playlist do MP3, procurar os carregadores do telemóvel, portátil, tablet, MP3 e máquina fotográfica, e ainda escolher dois livros, duas revistas, um bloco de notas e uma caneta. Que vida!

Páginas de histórias #1

amaralrita, 14.04.15

No livro O Clube de Cinema, de David Gilmour, o protagonista, um pai de 40 anos, está no metro e encontra uma antiga paixoneta. O acontecimento leva-o a fazer uma reflexão sobre a vida. No momento em que li esta passagem soube que a tinha de anotar em algum lado, porque mas verdade do que isto não há.

Leiam também:

Tinha o cabelo mais comprido, mas parecia não ter mudado, estava ainda muito parecida com a altura em que me disse aquelas terríveis palavras. Inclino-me a ensar que já não estou apaixonada por ti.» Que frase! Que escolha de palavras!

Durante seis meses, talvez um ano, já me esqueci, tinha sentido a sua falta com a intensidade de uma dor de dentes. Tínhamos partilhado tantas intimidades nocturmas, ela e eu, coisas só nossas que dissemos, coisas só nossas que dizemos, e agora, estávamos os dois sentados na mesma carruagem de metro sem nos falarmos; o que me teria parecido trágico quando era mais novo, mas que me parecia agora, não sei...a triste realidade da vida. Não é fantástico, nem triste, nem obsceno, nem hilariante, é apenas uma coisa normal; é o mistério de como as pessoas entram e saem das nossas vidas que acaba por não ser assim tão misterioso. (Afinal de contas, elas têm de ir para algum lado).

p. 122