As coisas que eu não devia ter pensado quando cheguei ao Porto
Vocês já percebem mais ou menos como é que a minha cabeça funciona e os seus pensamentos estranhos. Mas agora vão perceber que ela é verdadeiramente perigosa, numa rubrica que se resume como As-Coisas-Que-a-Rita-Não-Devia-Dizer-Mas-Diz.
Há duas semanas fui ao Porto para passear a sério. Ia aproveitar os dias para conhecer vários locais e então precisava de informações para poder conhecer a cidade e também sobreviver.
Antes de vos dizer o que disse e não devia ter dito, vocês têm de entender que eu sou uma pessoa muito "inocente". O meu entusiasmo de fazer coisas novas leva o melhor de mim e os meus neurónios deixam de funcionar racionalmente porque nesses momentos eu sou pior que uma criança de 3 anos. Sim, eu fico entusiasmada de ir ao Porto, eu sou modesta e contento-me com pouco, ok?
E nos momentos de começar a fazer coisas novas, o meu cérebro começa a disparar para todos os lados e produz os estranhos resultados.
Mal me encontro com os meus amigos que me vão deixar dormir na sua casa pergunto-lhes:
- Onde é que se comem francesinhas?
Tipo não é pecado ir ao Porto e não passar o dia a comer francesinhas, eles não vivem só disso.
- A Rotunda da Boavista é a Praça de Espanha cá do sítio
Nem está há dez minutos no Porto e já faz comparações com Lisboa
- Preciso de tomar o pequeno-almoço, qual é a Padaria Portuguesa mais próxima?
Again, pára com as referências
- Caso eu me perca e esteja a morrer de fome, onde é que é o Mac?
Eu NÃO vim para o Porto para comer Mac mas esta pergunta é legítima.
- Olha, Pastéis de Nata
Há em todo o lado, sabes?
- Os postais aqui são diferentes
Pois nos postais não aparece a Torre de Belém nem o Terreiro do Paço, porque isso é outra cidade...espantoso, não acham?
- Há por aqui algum Starbucks?
Juro que achava que havia porque eu não sabia que vivia num mundo em que o Porto não tem Starbucks. Pronto tem o Costa Caffee, é a mesma coisa.
Eu não tenho culpa, as sinapses são tão rápidas que não dá para lhes por um travão e as minhas cordas vocais parecem pulguinhas excitadas em produzir som a toda a hora e pronto, já não consigo parar a tempo de não dizer as coisas que digo. Se estão com medo, não se preocupem, que o curto circuito dura pouco tempo. E se acham que a minha cabeça esgota ideias, não se preocupem que vai haver muitas mais edições desta rubrica.