Adeus, calças brancas 38
É daquelas coisas que não faz sentido. Que me podem explicar e eu não vou entender. Que me vão mostrar estudos científicos e eu mesmo assim não vou acreditar. É que não cabe na cabeça de ninguém.
Então isto é assim. Eu quando tinha 15 anos era magrinha, adorava usar aquelas minhas calças brancas 38 da BSK (e elas estavam largas) e não fazia nada da vida: fingia que corria nas aulas de Educação Física duas vezes por semana, comia todas as porcarias do mundo, se bebesse um copo de água por dia era muito, não sabia o que era chá, não entravam vegetais em casa e passava a vida a comer bananas. Não havia cuidado nenhum mas era magra.
Sete anos depois, houve uma revolução: faço exercício quase todos os dias (e fico a suar), desapareceram os donuts e os croissants, eu e a aveia e o farelo de trigo somos o trio maravilha, não sei o que é comer alguma coisa com manteiga, bebo um litro de água e um litro de chá por dia e o meu frigorífico está cheio de gelatina, morangos, saladas e legumes. E fica agora a pergunta: como é que eu não cabo nas calças brancas 38?
Bem, a verdade é que há uns anos para cá as grandes lojas metem as roupas numa super máquina de lavar e todos os tamanhos diminuem. As minhas calças brancas agora devem ser um 36 a puxar para o 34. E que também isto da idade e das hormonas influencia o peso.
Mas como é que é possível?
Será que há algum ingrediente mágico nos waffles de chocolate que se vendem nas máquinas da faculdade que nos fazem emagrecer?
Será que os sundaes do McDonalds têm cafeína que ajuda na queima de gordura?
Será que as pizzas da Pizza Hut são afinal sem glutén e o queijo derretido é queijo magro?
Será que dar três voltas ao campo de futebol meio-a-correr-meio-a-andar queima mais calorias do que uma aula de spinning?
Será que a partir dos 20 anos o oxigénio que respiramos começa a contar como calorias?
A sério que não percebo e nunca vou perceber.