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Agora a Sério

Um local sério para se falar das coisas sérias de todos os dias. Só para pessoas que se levam muito a sério.

Agora a Sério

Um local sério para se falar das coisas sérias de todos os dias. Só para pessoas que se levam muito a sério.

Sabem como saber que um Hotel é bom?

amaralrita, 20.12.19

Escolher hotéis nem sempre é fácil, quer seja no estrangeiro ou a nível nacional.

Mas sabem como ter a certeza que estão num bom hotel?

Não é pelo secador.

Não é pelo tamanho do quarto.

Não é pela garrafa de água gratuita.

Não é pelo mini-bar.

Não é pelo colchão.

Não é pelo número de almofadas fofas.

Não é pelos canais de TV.

A melhor forma de ver se realmente estão num bom hotel é ver se o champô e o gel de banho e o sabonete são da Rituals.

Se um hotel preocupa-se tanto em dar-vos cuidados de beleza de uma marca natural, chique e cara o suficiente para as influencers adorarem, vocês fizeram uma boa escolha.

Se têm no quarto Rituals, já ganharam. Parabéns.

Ir ao Ginecologista ou o chamado corredor das grávidas

amaralrita, 04.10.19

Já tenho mais de 20 anos, claro que já fui ao Ginecologista.

Geralmente, gosto de ir ao médico de manhã, para depois ir para o trabalho. Ou ao fim-de-semana, de manhã, aquela boa desculpa para tomar o pequeno-almoço fora.

Mas noutro dia, tive de ir ao Ginecologista, de tarde, final do dia, pelas 18h.

Achei que seria igual, um corredor vazio, algumas pessoas à espera, atendimento fácil.

Mas não.

Percebi que ir ao Ginecologista era para ver úteros, mas úteros com pessoas lá dentro vá.

Não era para pessoas como eu que só queriam ver o estado de saúde dos seus ovários.

Ir ao Ginecologista e a outras especialidades é o dia-a-dia das grávidas.

Em plenas 18h, só há grávidas. Ou bebés já cá fora.

Grávidas de poucos meses, acompanhadas pelo pai da criança.

Grávidas com outros dois piolhos atrás (família numerosa merece #MayTheLordHelpThem).

Grávidas com as mãos por cima da barriga, aquele saber-estar que só as Grávidas têm.

Eram grávidas, muitas grávidas.

Coisa que só se poderia haver numa Grávida Parade, não sei.

Foram muitas grávidas ao mesmo tempo. Pois só estou habituada a lidar com uma no meu departamento.

Estar grávida passou a ser normal, a economia agradece (não sei se agradece, mas a família fica contente).

Pronto é isto, vi muitas grávidas no outro dia e não estava à espera. Não há um "como lidar?" é um só "lida-se".

Vaga para este verão

amaralrita, 18.07.16

A vida é feita de rotinas e a minha é feita de trezentas rotinas: casa, trabalho, blogues, ginásio, amigos, família, Instagram...sei lá mais o quê!

E por isso como sou uma querida e quero ajudar o mercado de trabalho, abro aqui a vaga para um trabalho de verão levezinho mas cheio de brio!

Preciso de uma assistente, mas não é uma assistente qualquer: É uma Phd Tecnhical Anylitcal Junior Executive, que me organize a vida e que siga os seguintes requisitos:

- Saiba fazer panquecas como deve ser, saudáveis, sem glúten, com abacate, queijo fresco e salmão.

- Saiba fazer pão de cereais no meu forno chato;

- Saiba pintar-me as unhas para que durem no minimo um mês;

- Saiba fazer granola, berigela recheada, salmão grelhado, cupcakes de coco, salada com quinoa - tem de ser uma guru do saudável/vegan/celiaca.

- Saiba manusear a arte do post it;

- Saiba dizer pelo menos dez vezes ao dia "faz isto", "lembra-te daquilo"

- Que ande com a uma almofada atrás e me avise quando vou bater contra os móveis;

- Que me dê beslicões no braço e dizer "mexe-te tás a fazer muito scrolling no Facebook"

 

O tempo nas Caraíbas

amaralrita, 06.07.16

Fala-se do verão e de praia e a primeira coisa que se pensa é: aiii como eu gostaria de estar nas Caraíbas.

Sim, as Caraíbas, aquelas ilhas em que não há verão nem inverno, todo o ano é dia de sol e calor, há praia calma e com água quente (nunca ninguém demora mais de 10 segundos a entrar no mar), os resorts de cinco estrelas, as cenas baratas, a falta de stress...ai ai como seria bom voltar às Caraíba (sacana da pirralha, ela não quer ir às Caraíbas, ela quer VOLTAR, mesmo a gozar com a nossa cara!).

 

E uma pessoa sonha e sonha com o paraíso até comparar os preços para viajar para lá e a conta bancária. É impossível, nunca será possível, porque estás tão longe, paraíso dos sumos de fruta e bronzes lindos?

 

Anda aqui uma pessoa a sonhar com as Caraíbas - até que sai de casa e vê que estão 30 graus às 9 da manhã; que o sol está altíssimo o dia todo; sua-se mais do que se respira; o céu está cinzento com nuvens altas e já dizem que vai chover o dia todo.

E eu penso: para quê gastar 1000 euros para atravessar o Atlântico quando posso descer 6 andares e entrar numas Caraíbas citadinas, em que há gelados Olá em cada esquina e há relvados interessantíssimos na Alameda mesmo óptimos para ver o Europeu?

 

Comecem a pensar sobre isso: vender Lisboa como a cidade hip-mas-tradicional, sítio de hamburguerias gourmets, rooftops chiques, festivais de streetfood que é só fastfood numa camioneta gira - e ainda as novas Caraíbas citadinas da Europa. Vou patentear esta ideia e depois quero as minhas comisões quando isto arrebentar. Obrigada.

 

Os pseudo namoros de Verão

amaralrita, 04.07.16

É oficialmente Verão logo está oficialmente aberta a época dos namoros de Verão.

É inevitável com o calor, com os vestidos, os calções, os dias na praia, os biquinis, os peitorais à mostra, digo mesmo que é impossível as hormonas não estarem aos saltos. E as hormonas jovens são as mais loucas, as mais rebeldes, as mais descontroladas - e por vezes a coisa descontrola-se mesmo a séria.

 

Então numa noite de Verão quente e amena uma moça e um moço são apresentados por amigos mútuos. Lá se acham piada um ao outro, lá falam durante a noite, lá trocam os números, lá falam dias e dias sem fim, lá criam uma ligação, lá ficam em sintonia, lá se encontram e vá curtem um com o outro. Mas a coisa não fica por ali e eles continuam, uma, duas, três vezes. Os amigos já sabem, eles até tão meio juntos e há aquela sensaçãozinha de que talvez, só por acaso, se nada se alterar, se tudo correr bem, como ninguém se dá ao trabalho, parece que a coisa pode dar para coisa séria...

MAS CALMA GENTE! Ainda não é séria mas vocês até querem que seja. Apaixonaram-se e até acham que dá alguma coisa. E entram naquela fase do estou-interessado-em-ti-mas-tou-me-a-fazer-de-forte-só-porque-eu-não-sou-assim-tão-facil-mas-cada-vez-que-te-vejo-apetece-me-saltar-te-para-a-espinha...vocês sabem do que estou a falar né?

 

E é aqui que surge o Limbo, aquele momento de que vocês não são só amigos mas ainda não são nada a sério. E todos os teus comportamentos também ficam num limbo e a tua cabeça anda a mil:

Então andamos o dia todo às SMS mas será que estou a mandar mensagens a mais? Tás a falar com outras gajas ao mesmo tempo ou só comigo? Eu também posso falar com outros gajos ao mesmo tempo?

Oh meu deus...mandei uma SMS sem um smile...fui muito dura? Já não temos tema de conversa há 5 minutos...estou muito seca?

Andamos o dia todo às SMS mas posso-te ligar? E se te ligar pode ser à noite antes de dormir? E posso ligar todos os dias?

Tivemos juntos ontem e podemos estar amanhã? Quantas vezes temos de estar juntos? 3 vezes por semana? O fim-de-semana deve contar também?

Tenho um jantar de amigos, posso-te levar? Ou vais lá ter depois para um copo?

Passado 1 mes já é oficial não é? Ou quando é que passa a ser oficial? Tens mesmo de me pedir em namoro ou estas coisas já não se fazem?

Como é que combinamos as coisas? Podemos ir jantar ou só cafés? Podemo-nos ver em pleno dia em lugares públicos? Podemos ir ao centro comercial no feriado?

Eu conto às minhas amigas mas tu não podes contar aos teus amigos, ok?

E COMO É QUE EU TE CHAMO? ÉS MEU AMIGO COLORIDO OU MEU QUASE NAMORADO? (para esta questão, a resposta está no pseudo)

 

Entretanto, com tanta pergunta a bater a neura, o moço já bazou, nós já bazámos, outro já veio, outra já foi com ele, nós já discutimos, já voltámos, já acabamos de novo, já seguimos em frente e já estamos prontas para outra. E o processo volta todo ao início, até voltarmos a Setembro e o engate pós-férias dar-se nas universidades e nos locais de trabalho. Foi bom enquanto durou, deu para peder uns quilos de ansiedade até.